Centro de Dança do DF oferece aulas gratuitas de balé e afro dance

Iara Pereira*

O Centro de Dança do DF é um dos pontos culturais já tradicionais em Brasília. Fundado em 1993, ao lado do Teatro Nacional, o espaço ficou fechado por cinco anos, mas retornou com as atividades em 2018.

Frequentado por dançarinos profissionais, amadores, aprendizes de todas as idades e mestres, o Centro de Dança se estabeleceu como um local dedicado a ensaios, oficinas e espetáculos.

A agenda conta com aulas para profissionais e para iniciantes, oferecendo inclusive aulas gratuitas de balé e afro dance. A professora de dança Tereza Braga explica que o projeto é gratuito para crianças iniciantes a partir de 6 anos. Os pequenos entre 7 e 12 anos que já tiveram experiência com balé participam de uma aula experimental para a formação de uma segunda turma.

fachada do centro de dança do DF
Centro de Dança do DF voltou a funcionar em 2018, após cinco anos fechado

“O Centro de Dança é um espaço maravilhoso, muito bonito e gratuito também. Eu acho que é um incentivo muito grande a gente ter esse espaço e aproveitá-lo”, afirma a bailarina Tereza Braga.

Com quase 30 anos de existência, as salas de aula e palcos do Centro de Dança do DF foram cenários para a construção de histórias pessoais. Este é o caso de João Gabriel Lima, que, em 2009, decidiu complementar sua formação em artes cênicas com aulas de dança. 

“Eu fui formado aqui e agora eu ofereço formação aqui. A manutenção e o cuidado com esses espaços é que podem ir alçando a produção cultural brasiliense para um nível profissional”, defende João Gabriel , que já participou de dois dos principais grupos de arte contemporânea da cidade e hoje leciona no Centro de Dança.

Assista também à reportagem em vídeo:

Serviço

Centro de Dança do DF

Setor de Autarquias Norte, Quadra 1

Telefone: 3328-4387

Instagram: @centrodedancadf

Site: www.cultura.df.gov.br/centro-de-danca-2

 

Ballet Infantil

Terças e quintas-feiras, das 14h30 às 16h30

Inscrições e informações: professora Tereza Braga – (61) 98226-4545

 

Dança Afro Contemporânea

Terças e quintas-feiras, das 19h às 21h30

Inscrições e informações: professor Júlio César – (61) 99232-0119

 

*Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer

Relembre o dia em que Roberto Carlos quase se casou em Brasília

Thays Martins

“A multidão ia aumentando a partir das 22h, para assistir ao casamento do rei Roberto Carlos”, anunciou a edição de 21 de abril de 1983 do Correio Braziliense. O casamento seria no Santuário Dom Bosco e fez com que milhares de brasilienses se reunissem na porta da igreja depois que o Correio revelou a cerimônia ultrassecreta na edição do dia anterior. 

Bastante religiosos, o rei se casaria com a atriz Myrian Rios em Brasília, de forma discreta, para fugir dos holofotes que a cerimônia traria. Mas também por um outro motivo. Foi na capital federal que o casal apareceu pela primeira vez em público, em 21 de abril de 1981. Em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, no ano passado, Myrian revelou que os dois mantiveram o relacionamento em segredo por cerca de um ano a pedido do rei. A atriz era 17 anos mais nova que Roberto Carlos e conheceu o rei com apenas 15 anos. O relacionamento começou quando ela tinha 17 anos.

Em 1983, a jovem Myrian com 24 anos, e Roberto Carlos eram o casal do momento. A cerimônia secreta foi descoberta por acaso. Um outro casal soube do fato na sacristia, contou a amigos e a informação chegou até o Correio. A informação foi confirmada pela irmã Carminha, da secretaria da igreja, sem saber que falava com um repórter. A cerimônia era tão secreta que nem o nome dos noivos foi registrado no livro de registros, somente: “Dia 20, 22 horas, Roberto C. M.R.”. Hoje, o santuário diz que não tem registros do acontecimento. 

O anúncio da cerimônia na primeira página do Correio, porém, foi o bastante para que os fãs do rei se reunissem em frente à igreja para tentar ver algo. Alguns juraram que viram Silvio Santos, que seria um dos padrinhos. “Chegou a polícia, o Detran desviou o trânsito da pista que liga a W3 a W4, junto à Dom Bosco. Pipoqueiros e carrinhos de cachorro-quente ajudavam a fixar a multidão, que continuava aumentando”, relatava a edição daquele 21 de abril.

No fim, os documentos para a realização da cerimônia não chegaram. “Mas a multidão não queria nem saber: fincava pé na porta da igreja, à espera do casamento. A igreja fechou as portas, apagou as luzes, mas ninguém arredou o pé, e até as primeiras horas da madrugada de hoje muitos ainda esperavam”, continua o relato. 

 O casamento em Brasília acabou não acontecendo, mas o relacionamento durou mais de uma década. À Marie Claire, no ano passado, Myrian lembrou com carinho da união com o rei. “O Roberto foi o grande amor da minha vida”, disse. “Eu o conheci com 17 anos, nós nos casamos e eu me separei com 30. É um tempo de amadurecimento da mulher, de adolescente para adulta. E eu aprendi muito com o Roberto”, lembrou. O relacionamento foi eternizado em canções do artista, como a música A Atriz, de 1985. “Vejam só vocês o que foi que eu fiz. Fui me apaixonar por uma atriz”, diz Roberto em um trecho da música.